A PANDEMIA DO COVID-19 TROUXE INÚMERAS CONSEQUÊNCIAS DE CUNHO SOCIAL, ECONÔMICO E PSICOLÓGICO. E, CERTAMENTE, A MEDIDA QUE CONTRIBUIU PARA ACENTUAR ESSAS CONSEQUÊNCIAS FOI O ISOLAMENTO SOCIAL. DADOS REVELAM QUE, DURANTE A PANDEMIA, OS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER CRESCERAM ASSUSTADORAMENTE NO BRASIL. UM DOS EFEITOS ALARMANTES, É QUE ESTE TIPO DE VIOLÊNCIA ATINGE, PRINCIPALMENTE, AS MULHERES NEGRAS E DE CLASSE SOCIAL BAIXA. ASSIM, ESTE ARTIGO TEM COMO OBJETIVO DEMONSTRAR DE QUE FORMA OS MARCADORES SOCIAIS (RAÇA/ETNIA, SEXUALIDADE, CLASSE E GERAÇÃO) VÊM INFLUENCIANDO O AUMENTO DAS TAXAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER NEGRA, DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19. PARA MELHOR COMPREENSÃO, O ESTUDO TRAZ ASPECTOS CULTURAIS E POLÍTICOS, NA INTERFACE ENTRE OS MARCADORES SOCIAIS E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER NEGRA, BEM COMO UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ENFRENTAMENTO ÀS QUESTÕES SOCIAIS DO FEMINISMO NEGRO.