ESTE ESTUDO TEM POR OBJETIVO ANALISAR E INTERPRETAR AS REPRESENTAÇÕES SOBRE AS MASCULINIDADES NA SÉRIE “BEACH TRIPTYCHS”, DE ALAIR GOMES, NA QUAL AS PRÁTICAS CORPORAIS SE DESTACAM E EMERGEM REFERÊNCIAS À ARTE CLÁSSICA, À RELIGIÃO E AO HOMOEROTISMO, TEMÁTICAS IMBRICADAS COM A HISTÓRIA DE VIDA DO ARTISTA, QUE PRODUZIU UMA OBRA IMAGÉTICA INTERPRETADA COMO UMA “ESCRITA DE SI". PARTINDO DOS ESTUDOS DAS MASCULINIDADES – ESPECIFICAMENTE DAS TEORIAS DA MASCULINIDADE HEGEMÔNICA E DA MASCULINIDADE INCLUSIVA – ANALISAMOS AS FOTOGRAFIAS A PARTIR DA INTERCESSÃO ENTRE OBRA, ARTISTA, ARTE CONTEMPORÂNEA E CONTEXTO SOCIOCULTURAL E HISTÓRICO, ALÉM DE CONSIDERARMOS AS NOÇÕES DE ENQUADRAMENTO, SÉRIE E INTERTEXTUALIDADE. A SÉRIE “BEACH TRIPTYCHS” PERMITE AMPLIAR O OLHAR SOBRE A CORPOREIDADE MASCULINA QUE SE TRANSFORMAVA E CIRCULAVA NA ORLA CARIOCA, A PARTIR DE PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO PRODUZIDOS PELO ARTISTA, QUE DESAFIARAM O CONSERVADORISMO DO PERÍODO DITATORIAL NO BRASIL, AO REGISTRAR DE PERTO, A PARTIR DE SEU OLHAR VOYEUR E DE SEU FLANEURISMO, UM CORPO MASCULINO QUE TANTO EXPRESSAVA VIRILIDADE E A FORÇA, QUANTO SENSUALIDADE, DESEJO, TATILIDADE, INTIMIDADE E HOMOEROTISMO, ESGARÇANDO LIMITES DA HETERONORMATIVIDADE COMPULSÓRIA, DESAFIANDO O SISTEMA DE ARTE, AO PRODUZIR UMA FOTOGRAFIA MÚLTIPLA, NARRATIVA, FICCIONAL E HOMOERÓTICA, QUE BUSCAVA AUTONOMIA ENQUANTO LINGUAGEM.