NESTE ARTIGO, PROPOMOS COMPREENDER A VOZ DA MULHER NEGRA NO DEBATE DE QUESTÕES QUE ENVOLVEM A AUTODEFINIÇÃO E ANALISAR A IMPORTÂNCIA DO COLETIVO PARA A CONSOLIDAÇÃO DA IDENTIDADE ATRAVÉS DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA. POSTO ISTO, ELABORAMOS UMA ANÁLISE COMPARATIVA À GUISA DE UM RECORTE NA OBRA DA ESCRITORA BAIANA AIDIL ARAÚJO LIMA, UTILIZANDO OS CONTOS “FIO DE SILÊNCIO” E “MILHO OU FEIJÃO”, NA PERSPECTIVA DE PENSARMOS DE QUE FORMA A RELIGIÃO SE FAZ PRESENTE NA CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DA MULHER NEGRA NA OBRA DESSA AUTORA. PARA TANTO, EMPREGAMOS PROPOSIÇÕES CRÍTICAS E TEÓRICAS QUE BALIZASSEM NOSSA DISCUSSÃO, SOBRETUDO A PARTIR DE COLLINS (2019), GAIA ET AL (2021), GONZÁLES (1984) E SANTANA (2017), A FIM DE TRAZERMOS À TONA VOZES HISTORICAMENTE MARGINALIZADAS DA LITERATURA BRASILEIRA EM DETRIMENTO DA INTERSECÇÃO RELIGIÃO, RAÇA E GÊNERO. ASSIM SENDO, PUDEMOS PERCEBER, MEDIANTE OS CONTOS ESTUDADOS, O PAPEL DA RELIGIÃO E DO COLETIVO COMO RUPTURA COM UMA IDENTIDADE MOLDADA SOB O PONTO DE VISTA DO OUTRO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA, PAUTADA NA REAFIRMAÇÃO E AUTOCONHECIMENTO.