O BEIJO DA MULHER ARANHA SE CONSTITUI COMO UM MARCO NA PRODUÇÃO LITERÁRIA DO ARGENTINO MANUEL PUIG. NO ROMANCE, É EM MEIO À CONDIÇÃO ESPACIAL RESTRITA EM QUE SE ENCONTRAM OS DOIS PROTAGONISTAS, MOLINA E VALENTÍN, QUE O PRIMEIRO COMEÇA A CONTAR FILMES PARA O SEGUNDO PARA SUBVERTER A REALIDADE DOS DOIS E, AO MESMO TEMPO, DISTRAIR E ATRAIR O OUTRO PERSONAGEM, CONFORMANDO UMA TEIA REPLETA DE NARRATIVAS MINUCIOSAS E DE ALTO TEOR IMAGÉTICO. O QUE SE PROPÕE NESTA COMUNICAÇÃO É REFLETIR SOBRE COMO A SEXUALIDADE É ABORDADA EM “O BEIJO DA MULHER ARANHA” POR MEIO DAS NARRATIVAS TECIDAS POR MOLINA, NAS QUAIS TANTO A REFERÊNCIA DIRETA A FILMES RELEVANTES PARA O AUTOR QUANTO A CRIAÇÃO DE FILMES “INEXISTENTES”, DECORRENTES DESSA MEMÓRIA, CONVERGEM PARA O ÂMBITO DA LINGUAGEM ESCRITA, ENSINO E APRENDIZAGEM E EM QUE REALIDADE E SONHO APARECEM COMO OS POLOS QUE EMOLDURAM PALAVRA E IMAGEM PARA FORMAR UMA SIGNIFICAÇÃO MARCADA PELA LINGUAGEM POÉTICA. O ESTUDO TAMBÉM ANALISARÁ QUAL A MELHOR MANEIRA DE PROBLEMATIZAR AS CATEGORIAS DE GÊNERO QUE SUSTENTAM A HIERARQUIA DOS GÊNEROS E A HETEROSSEXUALIDADE NUM CONTEXTO DE UMA POÉTICA QUEER, BUSCA-SE EVIDENCIAR AS CONTRADIÇÕES E IMPASSES QUE EMERGEM NA LITERATURA, EM TURMAS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO, VISTO QUE O PÚBLICO ALVO POSSUI CONCEPÇÕES DE MUNDO MAIS AMPLOS.