A escola é um espaço privilegiado para o desenvolvimento das ações de saúde, uma vez que é um campo estratégico para se trabalhar o resgate da cidadania e um celeiro para a difusão de informações, sendo considerado um importante ícone de mobilização social. Inicialmente, a saúde dos estudantes era cuidada de forma fragmentada, apesar da experiência brasileira da unificação dos Ministérios – Educação e Saúde. Na contemporaneidade, verificamos uma proposta mais ousada, porém muito pertinente, quando entendemos o sentido amplo que a saúde reflete. Nessa nova perspectiva, surge o Programa de Saúde na Escola – PSE. A finalidade desse programa perpassa pela contribuição da formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens. Para tanto, é necessário um arsenal de atores que estejam comprometidos com a proposta, e que estão diretamente envolvidos com a causa estudantil, são eles a Equipe Pedagógica local, assim como a equipe da Estratégia de Saúde da Família – ESF, que atua na área de abrangência/cobertura da escola/instituição. A retórica originada desse mix é uma articulação ainda maior, que transcende os campos de educação e saúde e buscam outros parceiros, como exemplos, citam-se os campos da religião, da política, do judiciário, da família e muitas outras possibilidades. O eixo do trabalho adquire características transdisciplinares e atuação passa a ser, obrigatoriamente, intersetorial. A pesquisa é classificada como aplicada e possui o caráter exploratório, cujo objetivo geral é definir o que é o Programa Saúde na Escola – PSE e suas diretrizes, discutindo o panorama do território de responsabilidades e verificando a sua relação com a intersetorialidade e a transdisciplinaridade. Os objetivos específicos são: definir o PSE; e discutir a relação da escola/educação com a saúde, como um território de responsabilidades mútuas.