AMORIM, Alan Costa De. Epistemologia: gênero e sexualidade na educação. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/7237>. Acesso em: 28/12/2024 21:55
INTRODUÇÃO: A educação e a sexual pontuaram a história da educação no Brasil e o encontro com a perspectiva de gênero sempre foi problemática. Nos anos de 1990, com o aparecimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a sexualidade e o gênero passaram a habitar os discursos e as práticas educacionais brasileiros de forma mais bem instalada, mas não menos conflituosa. Uma produção discursiva e institucional acerca da sexualidade mais contemporaneamente, procurou-se demonstrar as (in) compreensões sobre a diversidade sexual por meio de questionamentos oriundos da teoria queer, tomada como referência decisiva para a discussão da fala docente e de documentos oficiais presentes na escola a respeito de gênero e sexualidade. OBJETIVOS: Interrelacionar os paradigmas existentes com o objetivos de abordar diversas questões relacionada com o gênero e sexualidade na escola, como se trata nessa interpelação, quais os significados das abordagens sobre estes temas no universo escolar, quais filiações ou traços epistemológicos são utilizados numa abordagem dessa natureza? METODOLOGIA: Revisão da literatura realizada nos meses de Junho a Julho de 2014, utilizando como descritores os termos “sexualidades”, “gênero” e “diversidade sexual”, indexados nas bases de dados LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane e SciELO. Utilizaram-se os seguintes critérios de inclusão: publicações de 2010, idioma português, que abordassem como assunto principal sexualidade e gênero. Os resultados foram analisados por discussão analítica qualitativa e tema central. RESULDADO:O dispositivo da sexualidade como marcado pela norma heterossexual, se tornou como certo o lugar da sexualidade na instituição escolar, é importante que demarcar os temas que envolvem o trabalho na instituição escolar. Pesquisas realizadas com professoras/es e alunas/os vêm demonstrando a necessidade de uma formação específica tendo em vista a diversidade sexual presente no universo escolar. Alunas/os e professoras/es gays, lésbicas, bissexuais e transexuais compõem a diversidade contemporânea da instituição escolar; entretanto, para as instituição que nasceu disciplinar e normatizadora, a diferença, ou tudo aquilo que está fora da norma, em especial, a norma sexual, mostra ser insuportável por transbordar os limites do conhecido. Assim, um trabalho que assuma como princípio a diversidade sexual marca a entrada em um “campo epistemológico” desconhecido, na medida em que a “epistemologia” reconhecível é a do sistema heteronormativo de correspondência entre sexo-gênero. CONCLUSÃO: Para diversidade sexual nas escolas pressupõe um conhecimento das disposições de professoras e professores que ,por sua vez, deverão adentrar uma nova lógica do desconhecer, de sorte que trabalho não poderá jamais ser pautado pela pergunta formulada ao especialista sobre a normalidade das práticas e discursos sexuais. Perguntar pela normalidade é pertencer ao mundo definido e mapeado pelos processos disciplinadores e normalizadores. Para adentrar outra lógica, professores e professoras, necessitam produzir a capacidade de desestabilizar o conhecimento em nome da liberdade. Nesta perspectiva, sexualidade, educação sexual e diversidade sexual se referem a práticas de liberdade, na medida em que os limites de nosso pensamento deverão ser transcendidos em nome de outras possibilidades tanto de conhecer como de amar.Palavras-chave: sexualidades, gênero, diversidade sexual.Área temática: GT12 -