Este trabalho constitui-se a partir de uma experiência formativa, adquirida no Projeto “As tecnologias digitais, sociais e ambientais e suas contribuições na formação docente no território do Sisal”, inserido no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência sob a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PIBID-CAPES) no Curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia, em parceria com o Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Necessidades Educativas Especiais, no atendimento educacional especializado, sobretudo o trabalho pedagógico com o uso do instrumento de cálculo matemático, denominado Soroban, com aluno cego e/ou baixa visão, através da observação participante, encaminhando-se para a fase de intervenção, com elaboração de planos de ação. Teve o objetivo de compreender como o Soroban pode proporcionar habilidades matemáticas às pessoas cegas e/ou baixa visão. A metodologia de trabalho consistia em atendimentos individuais e em grupo, com duração de cinquenta a cento e vinte minutos, semanalmente. Utilizou-se o material dourado, para que o estudante, inicialmente compreendesse a organização do sistema de numeração. Em seguida, introduziu-se o Soroban identificando as partes e função para posteriormente, registrar os números e realizar cálculos de adição, subtração e multiplicação. As aulas eram dinâmicas e interativas entre estudantes, docente e bolsistas. Para tanto, foram trabalhados os seguintes autores: Azevedo (2012); BRASIL (2009); Carnaúba (2012); Peixoto (2009). Diante o período das observações realizadas podemos constatar que a prática docente incentivou e proporcionou aos alunos o interesse em realizar cálculos com o Soroban, facilitando a resolução de problemas matemáticos. Assim, concluímos que o Soroban, enquanto instrumento de cálculo, contribuiu, significativamente, para o aprendizado da matemática, despertando a curiosidade e auxiliando no raciocínio lógico dos alunos cegos e/ou baixa visão.