A educação ambiental necessita ser incorporada na vida cotidiana de cada cidadão, visando o comprometimento de cada indivíduo com o meio ambiente e simultaneamente buscando a sustentabilidade de forma consciente. Dessa forma objetivou-se analisar a importância da Educação Ambiental (EA) como disciplina no currículo, ressaltando a contribuição da escola como instituição que visa à formação da consciência ecológica dos alunos e também o trabalho diário dos agricultores em suas propriedades utilizando os recursos naturais, destacando a extinção de espécies de plantas e animais que anteriormente existiam. O presente estudo baseou-se em pesquisa de campo descritiva, onde foram entrevistados 19 professores de duas escolas municipais e 24 agricultores de duas comunidades rurais, ambas localizadas no município de Tuparetama-PE, utilizou-se também a revisão bibliográfica, consultando autores especialistas na área da educação ambiental dentro e fora do contexto escolar nos últimos anos no Brasil. Os resultados da pesquisa direcionam para uma reflexão criteriosa, destacando no questionário aos professores, que 79% aprovam a implantação da EA como disciplina obrigatória no currículo escolar e 21% salientam que devem ser trabalhados temas voltados aos recursos naturais, 63% afirma que os alunos não apresentam uma postura adequada em relação ao meio ambiente, 21% às vezes praticam medidas práticas de preservação e apenas 16% adotam cotidianamente alternativas que são consideradas ecologicamente corretas para manutenção do equilíbrio ambiental. No questionário aplicado aos agricultores nota-se que 42% utilizam de forma adequada os recursos naturais de suas propriedades, 46% afirmam que às vezes e apenas 12% descrevem que não usam corretamente os recursos disponíveis. Segundo os entrevistados algumas espécies de plantas estão desaparecendo da propriedade, sendo nativas e não nativas da região, aparecendo com 14% a catingueira, 13% o umbuzeiro, 13% o juazeiro, 17% a jurema preta, 19% o mandacaru, 9% a algaroba e 15% o pereiro, os agricultores ressaltam também que há muitas espécies de animais se extinguindo, sendo o caso do tatu-peba com 9%, o galo de campina com 14%, a rolinha com 15%, a cobra cascavel 8%, a cobra cipó 11%, a cobra verde com 10%, o preá 14%, o soim 10% e a ticaca 10%. Os resultados explicitam que os professores sentem a necessidade de uma maior abordagem acerca da educação ambiental dentro do contexto escolar, constatando também que os agricultores percebem que alguns tipos de espécies de plantas e animais estão desaparecendo rapidamente, sendo necessário rever as práticas diárias e estimular a vivência da educação ambiental.