O presente artigo apresenta uma análise de processos de ressocialização de educandas na Escola Olga Benário Prestes da Colônia Penal Bom Pastor localizado na cidade do Recife-PE. A pesquisa de cunho qualitativo envolveu entrevista com os sujeitos educativos(professores e educandas). Pressupõe-se que uma maneira significativa de contribuir para a ressocialização de adolescentes, jovens, crianças e adultos que participam das organizações sociais é o estímulo ao início de sua escolarização ou a sua retomada. A suposição é a de que a escola ou ação educativa também podem possibilitar profundos processos de ressocialização.No desenvolvimento dessa pesquisa, procuramos investigar como a ressocialização, que é um processo de recognição e reinvenção permanentes, está inserida no projeto pedagógico da escola refletido na fala dos docentes, além de estar adequado à situação singular do cotidiano do presídio, considerando que existe um universo plural no espaço da Colônia, e, para que seja possível a convivência entre indivíduos de origens e costumes diferentes, faz-se necessário estimulá-los a se relacionarem, conviverem, pensarem juntos. Nesse sentido, indagamos: quais conhecimentos a serem ensinados? Quais as atividades? Como os professores e alunos compreendem o processo pedagógico? Quais as atividades culturais? Como articular o currículo escolar à cultura das educandas?Tais procedimentos foram vistos sob a ótica da Educação para os Direitos Humanos e da Educação como humanização. Esta análise nos permite dizer da existência de uma intencionalidade no âmbito do Projeto Pedagógico da Escola, da equipe de educadores e das educandas em desenvolver processos de ressocialização. No entanto, as práticas educativas de sala de aula ainda carecem superar as dificuldades no âmbito da relação escola e segurança da Colônia.