A PARTIR DA PROBLEMATIZAÇÃO DOS MODOS COMO AS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS APARECEM NAS AULAS DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO, PRETENDEMOS REFLETIR SOBRE NOVAS POSTURAS EPISTEMOLÓGICAS E ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS A ABORDAGEM DE TAIS EXPRESSÕES CULTURAIS. A DESNATURALIZAÇÃO DA VERSÃO ETNOCÊNTRICA DA NOSSA CULTURA E HISTÓRIA, SUAS CONEXÕES COM O RACISMO, ATRAVÉS DO FOMENTO À DESCONSTRUÇÃO DO MITO DA DEMOCRACIA RACIAL. ASSIM, CONTRIBUIR PARA A EFETIVIDADE DA LEI 11.645/08, DESTACANDO A SOCIOLOGIA NA ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA. AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS SÃO UM DOS PRINCIPAIS MOTES DO NOSSO ESTRUTURAL RACISMO. OS RECORRENTES CASOS DE PERSEGUIÇÃO E MÚLTIPLAS VIOLÊNCIAS SOFRIDAS PELOS “POVOS DE TERREIROS” – PSICOLÓGICA, MORAL, FÍSICA, PATRIMONIAL E/OU SIMBÓLICA (ATAQUES AOS RITOS, LITURGIAS, SÍMBOLOS E OBJETOS SAGRADOS) –, SÃO EXPRESSÕES DO RACISMO RELIGIOSO, ATINENTE A PROCESSOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS MARCADOS PELA DESLEGITIMAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DOS POVOS DA DIÁSPORA AFRICANA, MAQUINÁRIO DO NOSSO RACISMO ESTRUTURAL. DESTACA-SE O POTENCIAL DAS AULAS DE SOCIOLOGIA PARA O INCENTIVO À VISIBILIDADE SOCIAL DOS SISTEMAS DE PENSAMENTO E LITURGIA DE ADEPTOS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS, REAFIRMANDO SEUS VALORES, DESCONSTRUINDO PERCEPÇÕES ETNOCÊNTRICAS, DEMONIZANTES, QUE RECRUDESCEM PRECONCEITOS E DISCRIMINAÇÕES. PARA FAZER FRENTE A TODAS AS FORMAS DE PRECONCEITO E RACISMO RELIGIOSO, O CAMINHO AINDA É A EDUCAÇÃO.