OBJETIVA-SE COM ESTE TRABALHO DEMONSTRAR OS DADOS OFICIAS QUE TRATAM DOS IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NA EDUCAÇÃO DO MUNDO E DO BRASIL. PARA TAL, PROCEDEU-SE UMA PESQUISA NOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELOS LEVANTAMENTOS DE DADOS SOBRE OS IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NA EDUCAÇÃO. COM ISSO, OBSERVOU-SE, QUE A PARALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO MUNDIAL CAUSADA PELA PANDEMIA RESULTOU NO ENCERRAMENTO DAS AULAS PARA 91% DOS ALUNOS EM ESCOLAS E UNIVERSIDADES NO MUNDO INTEIRO E A QUEDA NATURAL DA APRENDIZAGEM PODERÁ SE ALASTRAR POR MAIS DE 10 ANOS, CASO NÃO HAJA INVESTIMENTOS E POLÍTICAS PÚBLICAS QUE VISEM MELHORIAS EM INFRAESTRUTURAS E TECNOLOGIA QUE, NOTADAMENTE, INFLUENCIAM NO ENSINO-APRENDIZADO (UNESCO, 2020). ALÉM DISSO, O TEMPO DE PARALIZAÇÃO NÃO FOI MESMO NO MUNDO INTEIRO. NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE, POR EXEMPLO, A MÉDIA É DE ATÉ 5 MESES DE FECHAMENTOS NACIONAIS COMPLETOS, ENQUANTO NA EUROPA É DE 2,5 MESES E NA OCEANIA É DE APENAS UM MÊS (UNESCO, 2021). ENTRE OS PAÍSES MAIS POBRES, DOIS TERÇOS CORTARAM SEU ORÇAMENTO DE EDUCAÇÃO PÚBLICA DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA (EFW, 2021) DIFICULTANDO AINDA MAIS A ADAPTAÇÃO DESTE SETOR AO ATUAL CONTEXTO. O BRASIL, COM UM MODELO DE EDUCAÇÃO HISTORICAMENTE SEGREGACIONISTA E EXPORTADA DE CULTURAS EUROPEIAS, QUE ERAM CONSIDERADAS “DESENVOLVIDAS”, A SUA FUNÇÃO FOI MANTER OS PRIVILÉGIOS DE CLASSE. PORTANTO, “MANTER OS DESNÍVEIS SOCIAIS CARACTERIZOU A EDUCAÇÃO COMO UM INSTRUMENTO DE REFORÇO ÀS DESIGUALDADES" (ROMANELI, 1986). ATUALMENTE, O BRASIL OCUPA A 7ª POSIÇÃO NO RANKING DE PAÍSES MAIS DESIGUAIS DO MUNDO (PNUD, 2019). TAL DESIGUALDADE REFLETE-SE, CONSEQUENTEMENTE, NO ACESSO A INTERNET, COM 46 MILHÕES DA POPULAÇÃO DO PAÍS NÃO TENDO ACESSO A ESTA QUE É UMA FERRAMENTA FUNDAMENTAL NO ENSINO REMOTO, SE ISOLARMOS OS DADOS ENTRE REGIÕES, PERCEBEREMOS QUE AS REGIÕES NORTE E NORDESTE SÃO AS MAIS PREJUDICADAS PELA FALTA DE ACESSO, 64,7% E 64%, RESPECTIVAMENTE (IBGE, 20200. À VISTA DESSES DADOS, PODE-SE CONCLUIR QUE A HISTÓRICA DESIGUALDADE NA SOCIEDADE MUNDIAL E BRASILEIRA, FOI NÃO SÓ EVIDENCIADA, MAS TAMBÉM AGRAVADA PELA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS, DEMONSTRANDO QUE NAS REGIÕES MAIS POBRES DO MUNDO, DO PAÍS E ENTRE AS PESSOAS MAIS POBRES SEUS IMPACTOS FORAM AINDA MAIORES.
REFERENCIAS
EFW. EDUCATION FINANCE WATCH 2021. DISPONÍVEL EM: HTTPS://UNESDOC.UNESCO.ORG/ARK:/48223/PF0000375577. ACESSO: 23 DE FEVEREIRO DE 2021.
IBGE. PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS CONTÍNUA - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, 2020. DISPONÍVEL EM: HTTPS://BIBLIOTECA.IBGE.GOV.BR/VISUALIZACAO/LIVROS/LIV101705_INFORMATIVO.PDF. ACESSO: 25 DE FEVEREIRO DE 2020.
PNUD. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO, 2019. DISPONÍVEL EM: HTTP://HDR.UNDP.ORG/SITES/DEFAULT/FILES/HDR_2019_PT.PDF. ACESSO: 05 DE MARÇO DE 2021.
ROMANELI, O. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL (1930-1973). PETRÓPOLIS: VOZES, 1986. ACESSO: 03 DE MARÇO DE 2021.
UNESCO. COALIZÃO GLOBAL DE EDUCAÇÃO, 2020. DISPONÍVEL EM: HTTPS://EN.UNESCO.ORG/COVID19/EDUCATIONRESPONSE/GLOBALCOALITION. ACESSO: 20 DE FEVEREIRO DE 2020.
UNESCO. GLOBAL EDUCATION MONITORING REPORT, 2021. DISPONÍVEL EM: HTTPS://UNESDOC.UNESCO.ORG/ARK:/48223/PF0000375490/PDF/375490ENG.PDF.MULTI. ACESSO: 20 DE FEVEREIRO DE 2021.
UNESCO. MAPA DE MONITORAMENTO INTERATIVO, 2021. DISPONÍVEL EM: HTTPS://PT.UNESCO.ORG/NEWS/DADOS-DA-UNESCO-MOSTRAM-QUE-EM-MEDIA-DOIS-TERCOS-UM-ANO-ACADEMICO-FORAM-PERDIDOS-EM-TODO-O. ACESSO: 22 DE FEVEREIRO DE 2021