ESTE ARTIGO BUSCA PENSAR A REMISSÃO DA PENA PELA LEITURA PARA ALÉM DE SEU ORDENAMENTO JURÍDICO FORMAL ENQUANTO ALTERNATIVA AO DIREITO PENAL, MAS COMO POTENCIALIZADORA DE FERRAMENTAS QUE POSSIBILITOU A AUTODEFINIÇÃO DAS MULHERES ENCARCERADAS QUE COMPARTILHARAM SUAS EXPERIÊNCIAS NOS ENCONTROS RESTAURATIVOS, IRROMPENDO PARCIALMENTE COM A DOMINAÇÃO E OPRESSÃO CONTÍNUA QUE RECAI SOBRE OS SEUS CORPOS.  TÊM-SE COMO METODOLOGIA A OBSERVAÇÃO, FRUTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESQUISADORA NO PROJETO DE EXTENSÃO INTITULADO “MULHERES, APESAR DO CÁRCERE” DO NEPCRIM (NÚCLEO DE EXTENSÃO E PESQUISA EM CIÊNCIAS CRIMINAIS) DA UFJF. EMBORA AS FORMAÇÕES DOS BOLSISTAS E CO-FACILITADORES PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO NÃO SE ANCORASSEM NOS SABERES PEDAGÓGICOS DO CURSO DE LICENCIATURA OU PEDAGOGIA, PUDE OBSERVAR QUE NOSSA PRÁTICA FORJAVA PROCESSOS DE MODALIDADES DIFERENCIADAS DO FAZER PEDAGÓGICO NO CONTEXTO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE. SENDO ASSIM, O OBJETIVO DESTE TRABALHO SERÁ REFLETIRMOS SOBRE AS DIFERENTES PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E DE ENSINO CUJAS MODALIDADES SÃO DIFERENCIADAS E INFORMAIS, MAS QUE ENSEJARAM IMPORTANTES PROCESSOS DE INTERAÇÃO, SOCIALIZAÇÃO, AUTODEFINIÇÃO E APRENDIZAGEM QUANDO ANALISADOS SOB PERSPECTIVAS FEMINISTAS EMANCIPADORAS. NÃO SE TRATA, POIS, DE ROMANTIZAR AS EXPERIÊNCIAS DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE CÁRCERE, MAS DE TENTAR COMPREENDER OS GANHOS SIMBÓLICOS E SOCIAIS FORJADOS PELA ABORDAGEM RESTAURATIVA E PELA PRERROGATIVA DA REMISSÃO DA PENA PELA LEITURA.