O artigo tem como objetivo, problematizar as representações de gênero apresentados pelos jovens, através dos dados coletados advindos de uma intervenção pedagógica, realizada durante um dos estágios supervisionados obrigatórios do 4º ano do curso de Pedagogia (UNESPAR/ Campo Mourão) no ano de 2013 na modalidade da Educação Não Formal, em uma instituição não governamental, que oferta tratamento no regime de internação para dependentes químicos, jovens e adultos (apenas homens), na cidade de Campo Mourão/PR. Para a realização do presente trabalho, tivemos como problemática: Como abordar e problematizar as discussões da teoria dos Estudos de Gênero na modalidade de educação Não Formal com jovens? Para responder a principal problemática, elaboramos um questionário prévio (com treze questões) - respondido no período da observação participativa e discutido durante a intervenção - com intuito de analisar a construção de alguns conceitos e como estes influenciam na construção da identidade de jovens e a partir do mesmo iniciar as problematizações dos conceitos e das possíveis experiências levantados no questionário. Relatamos ainda uma dinâmica – registrada em diário de campo - tendo como objetivo, discutir como os jovens percebem os papéis desenvolvidos e atrabuídos por homens e mulheres na sociedade. Utilizamos o filme Billy Elliot (DALDRY, 1999), como estratégia de desconstrução e problematização das representações hegemônicas de gênero. Como aporte teórico para as intervenções apoiamo-nos nas contribuições de vários autores/as, dentre eles/as Louro (1997) e Mesomo (2004). Os resultados da pesquisa evidenciam que as identidades de homens e mulheres são incorporadas ao longo da vida de acordo com o que as instâncias sociais como mídia, escola e igreja apresentam como norma e, de certa forma, padronizam as representações de gênero. Consideramos que as relações sociais e culturais constroem e (re)produzem conceitos hegemônicos de gênero, sexualidade, entre outros/as aos jovens, dentro de diversas instâncias sociais, dentre elas as instituições consideradas de Educação Não Formal.