Ao pensar na formação inicial do(a) professor(a) de línguas, neste caso, em particular, o(a) professor(a) de língua espanhola, sob a ótica de um “novo” paradigma, o da complexidade, sou levado a refletir sobre como e de que forma esse “novo” paradigma poderia se fazer presente em um ambiente dominado, desde o século XIX, por outro paradigma, o tradicional. Nesse contexto de reflexão, trilho um caminho que me leva rumo à interculturalidade e os seus ideais para o mundo como um todo. Por conseguinte, o meu objetivo com esta comunicação é discutir a construção intercultural como um processo de abertura à complexidade e pensar uma forma de problematizar, consequentemente, o deslocamento da fragmentação, da dicotomização, da homogeneização e do pensamento cartesiano que, comumente, figuram nos cursos de formação de professores. Para ajudar-me no desenvolvimento da minha argumentação e defesa lanço mão de estudiosos como Morin (2011), Wash (2006), Behrens e Oliari (2007), dentre outros, e, apoio-me na minha experiência no e com o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), por esse ser um programa que pode nos possibilitar, paulatinamente, romper o sistema tradicional de formação por meio da criação de um espaço híbrido, além de nos dá condições de trabalhar com mais afinco questões complexas que são, geralmente, simplificadas no processo de formação inicial por variados motivos que, na maioria das vezes, estão vinculados ao pensamento propagado pelo paradigma tradicional.