Há a necessidade de tratar educação sexual de forma clara e prática, visto que historicamente esse tema tem sido um tabu nas famílias. A escola, por vezes, foi ou é encarregada de assumir o papel formador do cidadão, o que reflete a importância de abordagens que enfoquem o conhecimento, a auto-reflexão e ponderações sobre o tema. Com essa perspectiva, a escola se faz como um cenário importante para a promoção da saúde porque nela alunos, pais, professores e demais profissionais da educação permanecem e convivem. Sob essa ótica o projeto aqui relatado buscou promover uma articulação entre a escola e a saúde no que tange à educação sexual.ObjetivoPromover uma ação escolar em saúde enfatizando a reflexão, o debate e a elucidação de dúvidas em torno da educação sexual, favorecendo a construção do conhecimento e formação do cidadão.MetodologiaO presente projeto foi executado na Escola Professor Leal de Barros, situada em Recife – PE, durante o curso da disciplina de Estágio em Ensino de Biologia 2 da Universidade Federal de Pernambuco. Teve como público-alvo alunos do 3º ano do ensino médio, cujas idades variaram entre 16 e 22 anos. A metodologia subdividiu-se em quatro etapas: anamnese pedagógica – a qual serviu como um embasamento para o levantamento do potencial conhecimento do alunado em relação à saúde sexual; uma aula expositivo-dialogada tratando dos métodos contraceptivos, gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) com enfoque em HIV/AIDS; dinâmica de grupo, intitulada “Fato ou Boato?”, com situações diárias, e, um último momento que se deu através da reaplicação da anamnese, o qual serviu de embasamento para os resultados.ResultadosEm síntese, dos 32 alunos matriculados na turma do 3º ano, 24 participaram das quatro etapas do projeto.Ao analisar os resultados da anamnese verificou-se que mais da metade dos alunos já tiveram a oportunidade de conversar sobre sexo com os pais (66%) e também já iniciaram a vida sexual (79%).Apesar de todos saberem o que é camisinha, DST e AIDS, 27% dos alunos desconheciam a forma de manipulação do preservativo e 84% não sabiam com como usar um anticoncepcional.Diversas dúvidas foram esclarecidas durante a aula; assim como durante a dinâmica; na qual os alunos tiveram um bom entrosamento e desenvolveram de forma positiva a atividade, deixando-se ultimar que houve a compreensão do conteúdo abordado. Esse efeito nos mostra que de fato, a escola pode ser um locus para promover a saúde, uma vez que iniciativas como essa constituem ações efetivas e estimulam o controle das condições de saúde e a qualidade de vida com opção por atitudes mais saudáveis.Conclusão Mediante o exposto acima, constatou-se que houve êxito no projeto em função do processo ensino-aprendizagem. O projeto foi executado de modo satisfatório-, e os alunos chegaram até a questionar sobre a próxima visita da ministrante da atividade. Pode-se concluir então, que houve o despertar do interesse e o ampliar das impressões e percepções do alunado acerca de questões sexuais e da sexualidade.