As políticas públicas brasileiras nos âmbitos federal, estadual e municipal, na esteira de orientações e propostas mundiais, estão marcadas, especialmente a partir da última década do século passado, pela narrativa da educação inclusiva. Estudos realizados sobre acesso e permanência de estudantes com necessidades especiais nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil demonstram que as iniciativas são isoladas e insuficientes no sentido de lhes proporcionar apoio psicopedagógico para atender suas demandas. A investigação descritiva adotou uma abordagem qualitativa, utilizando-se do método Estudo de Caso. O estudo foi realizado em uma Instituição de Ensino Superior da rede federal de ensino, localizada no município de Sousa-PB, no período de março de 2013 até julho de 2014. O discente estudado apresenta diagnóstico de paralisia cerebral leve, com limitações motoras moderadas, quadros constantes de ansiedade e uso de medicamentos ansiolíticos. Durante o período da pesquisa, o discente esteve cursando disciplinas do quarto e quinto períodos do curso superior. Foi utilizada a técnica de entrevista aberta com finalidades exploratórias, para o detalhamento de questões e formulação mais precisas das dificuldades educacionais. Essa pesquisa aponta, a necessidade de se desenvolver, programas de formação para os profissionais da educação para atuarem com portadores de paralisia cerebral. Essas ferramentas deverão servir de apoio à comunidade acadêmica para congregar as ações existentes, no que se refere a questões de acessibilidade como aquelas relativas à inclusão social, principalmente nas atividades de sala de aula. Atividades de nivelamento e contra turno são indicadas para reduzir os desníveis de formação que correram ao longo da formação acadêmica do discente.