A IDENTIDADE DO MESTIÇO BRASILEIRO REPRESENTADA EM OS SERTÕESMaria Eliane Vieira Dantas, mestranda em Ciências da Educação- UNASUR, maelidantas@hotmail.com Francisco Dantas Veras Neto, mestrando em Ciências da Educação-UNASUR,dantasveras@hotmail.com Linha de Pesquisa: Educação e Relações Étnico-RaciaisRESUMO: O presente trabalho cuja pretensão consiste em apresentar através de uma pesquisa bibliográfica um estudo genérico da visão de Euclides da Cunha sobre a História da Mestiçagem Brasileira em - Os Sertões - na qual a fundamentação teórica desse processo está calcada no conceito de Questão Racial de NINA RODRIGUES E SILVIO ROMERO, de identidade de STUART HALL, entre outros, uma vez que a identidade muda segundo a forma pela qual o sujeito é interpelado ou representado, a identificação não é automática, mas construída. Assim, há uma politização da identidade voltada para a classe. Nesse propósito o mestiço é abordado como o resultado do cruzamento de dois elementos étnicos, a raça branca como superior e a raça negra como inferior, influenciados pela interferência do meio em que estão inseridos. Uma vez que a obra, literária, euclidiana demonstra ainda um forte apelo realista o qual produzirá uma representação do homem nacional - havendo em seu pensamento, uma tensão com essa problemática, em um momento desqualifica, e, posteriormente relativiza a mestiçagem. Contudo, o que buscava com essas considerações era um tipo específico de homem nesse emaranhado de mestiços, aquele resistente, proveniente da aridez dos sertões, das dificuldades cotidianas e que, não estaria degenerado pelos vícios da vida civilizada. Reconhecendo, portanto, a mestiçagem ora como estorvo para o processo civilizatório, ora como processo fundamental e positivo para a formação da sociedade brasileira.