A Educação de Jovens e Adultos nasceu da necessidade de interagir as experiências de vida dos educandos com a sistematização dos conteúdos programáticos, preparando-os para atuar no mundo como cidadãos críticos, e, sobretudo livres. Partindo desse contexto, o presente estudo revela que o currículo desenvolvido para esta modalidade de ensino, não tem levado em consideração, os conhecimentos e as experiências dos sujeitos. A ausência de programas e metodologias oriundas de uma racionalidade transformadora vem sendo percebida nitidamente no ensino de Educação de Jovens e Adultos em uma escola pública, localizada no munícipio de Zabelê - PB, através do elevado número de alunos evadidos e do número de matriculas que vem diminuindo gradativamente. O trabalho estruturou-se na pesquisa participativa, na qual, o investigador realiza em comunhão com o grupo envolvido uma autorreflexão. Para poder ter uma melhor apreensão da realidade, observaram-se dez aulas dos professores da Educação de Jovens e Adultos e colheram-se depoimentos dos atores escolares. Durante as observações das aulas utilizou-se uma ficha para anotar a descrição dos componentes que constituem a aula. A ficha buscou coletar informações que ajudaram a compreender os processos educativos em torno das práticas educativas voltadas para esta modalidade de ensino. Com base nos dados coletados, notou-se que as principais problemáticas estão atreladas a uma educação descontextualizada com a realidade local. O estudo considerou que a educação promovida pela escola parte de uma racionalidade instrumental, no qual, os sujeitos são preparados para compor a população dos indivíduos excluídos socialmente. Os alunos como fazem parte de um contexto rural devem ser envolvidos por práticas guiadas por uma educação libertadora que busque a valorização do meio no qual, os indivíduos vivem, dando ênfase a uma educação solidária e participativa.