Os estudos sobre Análise Linguística (AL) surgiram em 1984, almejando contribuir com o ensino de língua que se encontrava em crise. Atualmente, esse conceito é tomado como eixo norteador do processo ensino-aprendizagem e tem como ponto de partida a busca pela reflexão sobre a língua. A respeito desse processo questionamos como os autores de Livros Didáticos de Português (LDP) para o Ensino Médio (EM), com tradição em publicações de livros didáticos, atualmente propõem o estudo dos fenômenos linguísticos e quais os princípios metodológicos verificados nas seções que se destinam ao estudo da língua. Objetivamos analisar a proposta metodológica subjacente à seção de estudo das unidades da língua em LDP de Ensino Médio. Utilizamos como referencial teórico as contribuições oficiais sobre ensino de língua em Travaglia (2006) e Brasil (2008). Sobre as propostas de pesquisadores sobre a Análise Linguística, principalmente de Geraldi (1997, 2006), Mendonça (2006) e Bezerra e Reinaldo (2013). Para tanto, tomamos como corpus as seções dedicadas ao estudo das unidades da língua, no livro didático de Ensino Médio Língua Portuguesa – linguagem e interação, de Faraco, Moura e Maruxo Jr. (2010). Esta pesquisa insere-se em uma abordagem qualitativa, classificada no tipo descritivo-exploratória. Os dados revelam que os livros didáticos sofreram influencias dos estudos oriundos da Análise Linguística, mas ainda adotam uma metodologia que não contribui com a reflexão no estudo de fenômenos linguísticos.