As mudanças ocorridas nas últimas décadas têm alterado o perfil das doenças sexualmente transmissíveis (DSTS), transformando seu controle em um problema de saúde pública, não apenas por sua alta incidência e prevalência, mas por suas conseqüências, como as complicações psicossociais e econômicas. Sendo assim a realização de estudos de educação em saúde em comunidades escolares é de fundamental importância já que a maioria das escolas públicas alberga crianças, adultos e adolescentes com vulnerabilidade social e expostos às precárias condições de cuidados e higiene com a saúde.Objetivo O presente trabalho teve o objetivo de sensibilizar os alunos sobre as doenças e saúde genital a partir de atividades desenvolvidas em ambiente escolar preenchendo as lacunas existentes e preconceitos sociais sobre essas doenças mostrando ainda formas de prevenções e de tratamentos.MetodologiaO estudo foi realizado em maio de 2013 com 27 alunos, com faixa etária de 19 a 58 anos, do programa educação para jovens e adultos (Eja), da Escola Cícero Franklin Cordeiro, localizada no bairro do Ibura na cidade do Recife-PE. Foi realizada uma visita à escola para a realização de testes (pré-teste e pós-teste) de conhecimentos para verificar o grau de conhecimento dos alunos e uma oficina sobre DSTS: como a herpes genitais, HPV, cancro mole, danovanose, sífilis, tricomoníase, candidiase, as prevenções, os tratamentos e o preconceito social sobre essas doenças.Resultados Dos 27 alunos que participaram do estudo, 15 eram mulheres e 12 eram homens, os resultados do pré-teste foram os seguintes: 15% das mulheres ainda não foram ao ginecologista e 44% dos homens nunca foram ao urologista. 85% não sabiam o que era doença genital, 74% não sabiam como prevenir as doenças genitais, 93% não sabiam o que era um micro-organismo e 75% respondeu que não ficaria perto de alguém com uma doença genital. Em relação aos pós-testes, houve uma melhora considerável nos resultados, 56% das mulheres indicaram o desejo de procurar um ginecologista e os homens 9% responderam que depois do que foi aprendido pretendem ir ao urologista, 93% responderam que sabia o que é uma doença genital, 100% responderam que sabia o que é um micro-organismo,100% responderam que sabia como evitar doenças genitais e 22% responderam que não ficaria perto de alguém com uma doença genital. ConclusãoDe acordo com os resultados apresentados pelos pós-testes, pode-se concluir que foi possível a sensibilização dos alunos, através das atividades voltadas para a construção de saberes sobre doenças e saúde genital. A atividade foi de grande relevância para um aumento do conhecimento, podendo assim sensibilizar e ajudar os alunos a adquirir novos comportamentos sexuais mais saudáveis e também agir como agentes multiplicadores.