O presente trabalho tem como objetivo identificar os efeitos e os benefícios do intérprete de língua de sinais presente nas salas de aula das séries iniciais, participando assim de uma escolarização inclusiva. O estudo tem por finalidade conhecer mais detalhadamente o trabalho desse profissional, que conduz e facilita o acesso dos alunos aos conteúdos trabalhados, melhorar seu desenvolvimento de linguagem e interação social na primeira infância. Assim destaca-se também, a necessidade de estudar a relação entre intérprete e aluno e as relações da criança surda com os ouvintes que são medidas por esses profissionais. O intérprete de língua de sinais é uma figura pouco conhecida no âmbito acadêmico, essa pesquisa tem como base a atuação desse profissional na educação infantil. O presente estudo baseou-se em uma pesquisa bibliográfica, e ainda através de pesquisa qualitativa e estudo de caso. O Decreto Federal nº 5626, de 22 de dezembro de 2005, estabelece que alunos surdos tenham o direito a uma educação bilíngue nas classes regulares. Isso significa que eles precisam aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita como segunda língua. Por isso, a Língua Brasileira de Sinais deve ser adquirida pelas crianças surdas o mais cedo possível, preferencialmente na interlocução com outros surdos ou com usuários de Libras. Pode-se afirmar que a presença do profissional intérprete de LIBRAS nas escolas com matrícula de alunos surdos passou a ser obrigatória no ano de 2006 e sua atuação está diretamente ligada ao processo de tradução e interpretação da LIBRAS-Língua Portuguesa. Todavia, para alguns profissionais da educação, pensar na presença de um intérprete na escola, e principalmente em sala de aula, ainda é motivo de inquietação. O estudo feito comprovou que, o trabalho de um ILS se torna muito mais complicado no âmbito escolar infantil, pois o profissional não precisa apenas agir como intérprete, mas também tem que trabalhar na construção dos conteúdos e na formação da língua. Defende-se também que a criança surda deve frequentar classes cuja língua de instrução seja Libras, para haver as mesmas condições oferecidas aos alunos ouvintes. A língua materna (Libras) deve ser apresentada primeiro e só depois as línguas orais. Entende-se que o trabalho do ILS ainda é pouco conhecido, mas é de fundamental importância para que os surdos tenham êxito no processo de alfabetização e inclusão.