O Brasil contemporâneo apresenta a maior população do mundo afrodescendente fora da África. Os primeiros negros vieram como escravos para serem propriedade dos senhores, no século XVI. Em mais de três séculos de exploração desencadeou discriminação e preconceito. Assim, a divisão do trabalho, as leis, a história, a moral e a economia impuseram uma segregação racial, uma discriminação flagrante, fortificando o preconceito racial. Com a abolição da escravatura e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, surgiram as mudanças drásticas. As leis mais justas sancionadas atenuaram o modo de viver dos oprimidos. A reparação, o reconhecimento, a luta por uma sociedade igualitária, ainda são almejadas pela categoria social excluída. Na educação, caminho para a socialização, tem-se a oportunidade de reduzir a aversão à diversidade, por isso, a escola é alvo de pesquisas com diversos objetivos. Em vários países busca-se “medir’ o grau existente de preconceito racial, pois e a inclusão social, ação que combate a exclusão social, está beneficiando a todos ela é dita plena. Pettigrew e Meertens (1995), uma referência para o estudo do preconceito flagrante e sutil contra os negros, formulam que com o fim da Segunda Guerra Mundial, as sociedades ocidentais desenvolveram uma nova expressão de preconceito devido ao contexto social, assumindo a relação dos indivíduos, três formas: a rejeição, a aceitação ou a internalização. Sua hipótese é que algumas pessoas demonstram preconceito por meio de argumentos individualistas, não se relacionando a toda minoria discriminada e, para tal, desenvolveram escalas de preconceito flagrante e sutil, contendo vinte variáveis independentes.