No Brasil, o sistema educacional tem sido marcado por uma relação/ cultura em que a falta de autonomia, centralização de poder, autoritarismo foram caminhos percorridos pelo sistema educacional até a década de 80. Entretanto, esse ranço tem impulsionado a implementação de várias políticas educacionais pensadas de modo a promover a democratização do ensino público em âmbito nacional. A redemocratização trouxe em seu bojo, uma série de demandas e propostas de setores organizados da sociedade civil em torno da universalização de direitos sociais e da participação popular na gestão das políticas públicas. Nessa conjuntura, mergulhado na concepção da gestão democrática, e no princípio da autonomia, buscarei levantar neste trabalho, quais os condicionantes que tem contribuído ou dificultado a efetivação desta gestão no Centro Estadual de Educação Profissional do Leste Baiano, no município de Valença-BA, levando em consideração a realidade da comunidade escolar. Para isso, utilizei como recurso metodológico a pesquisa qualitativa, por entender que se trata de um percurso de exploração de um agregado de opiniões e representações sociais sobre o tema investigado. A abordagem metodológica de investigação utilizada foi o estudo de caso, tendo como instrumentos de coleta de dados, a entrevista semi-estruturada e análise de documentos. Nesta pesquisa fica evidenciado que a gestão democrática não é efetivamente desenvolvida dentro da Unidade de ensino. Nesta perspectiva, a não efetivação dessa gestão, dá-se-à pela ausência da participação consistente da comunidade nos trabalhos da escola. Os resultados da pesquisa apontam que muitas decisões são centralizadas na figura do “diretor”. O que se observa é que apesar de haver algumas rupturas, ainda o sistema educacional lida com resquícios de um modelo de gestão voltada para a figura do diretor. Modelo no qual a gestão do CEEP está inserido. Nesta perspectiva, a não efetivação dessa gestão, dá-se-à pela ausência da participação consistente da comunidade nos trabalhos da escola. Os resultados da pesquisa apontam que muitas decisões são centralizadas na figura do “diretor”.