INTRODUÇÂO: Os estudos sobre gênero, possibilitou descontruir noções até então estabelecidas de sexo, pela visão biologicista, permitindo assim, uma outra forma de pensar sobre as orientações sexuais, e como cada sujeito percebe-se. Vale salientar que as noções de sexo/sexualidade variam conforme a cultura, época e sociedade. No que diz respeito a discussão sobre gênero, o cenário escolar pode possibilitar discussões profícuas acerca da diversidade sexual porém, nota-se que isto não ocorre, e quando acontece, limita-se a reprodução de tabus e preconceitos diante daqueles que transgridem o padrão heteronormativo ao vivenciar sua sexualidade. OBJETIVO: O presente estudo tem por objetivo apresentar e discutir de forma crítica e reflexiva uma revisão teórica acerca do gênero, da orientação sexual e da escola. Consoante, o presente estudo mostra-se relevante, por fornecer um panorama geral sobre estudos brasileiros que envolvem esta temática, fornecendo elementos para fomentar novas discussões e práticas profissionais. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, realizada a partir de uma revisão integrativa da literatura nas principais bases de dados, a saber: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PEPSIC), e o Portal da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e IndexPsi. Utilizou-se como descritores os termos “gênero and escola” e “orientação sexual and escola”. Destarte, foram considerados os seguintes critérios de refinamento: artigos publicados em português, exclusão de textos coincidentes, que não disponibilizassem o conteúdo completo e que não fizessem referência direta ao tema. Foram utilizados 7 artigos. Aponta-se também que foram utilizados livros que abordam a importância da educação sexual nas escolas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diante do exposto, constata-se que a discussão acerca de gênero e sexualidade ainda é muito escassa no que diz respeito à diversidade de opções. A escola na maioria das vezes não consegue trabalhar com a temática possibilitando a diversidade, mas reduz o gênero a papeis masculinos e femininos que devem ser desempenhados conforme as normas estabelecidas pela sociedade. Os educadores possuem dificuldade quando trata-se de promover discussões/orientações acerca do tema, pois não conseguem desvencilhar-se de suas experiências e valores. Salienta-se que a orientação sexual nas escolas, surge como uma forma de possibilidade de discussão acerca da temática de forma mais abrangente e fluída, em que os alunos afirmam sentir-se mais abertos para falar e os professores ouvir. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, percebe-se que na literatura estudada, as questões de gênero são reduzidas aos papéis que devem ser desempenhados por meninos e meninas, e aqueles que fogem dessa norma, são apontados como desviantes, sendo, por conseguinte, marginalizados. Os professores, na maioria das vezes, não sabem como trabalhar as questões de gênero, valorizando a diversidade. Assim, acabam por reduzir a discussão às suas noções estabelecidas pela religião, valores, cultura e simbolismos que não consideram a diversidade de gênero. No que tange a premência da orientação sexual nas escolas, percebe-se que esta possibilita uma discussão mais fluida acerca da temática.