O ato de brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano principalmente durante a infância, através das brincadeiras a criança conhece o mundo e a si mesmo, com isso, recria suas experiências. Pode-se indicar a brincadeira como meio fecundo no processo de ensino aprendizagem, embora até pouco tempo a mesma fosse desvalorizada e rejeitada no âmbito educacional. O estudo teve como objetivo investigar a prática de brincadeiras com propósito e intencionalidade pedagógica na rotina de crianças de uma instituição pública do Semiárido da Bahia. O desejo de escrever sobre esta temática emerge das vivências realizadas em uma Escola do Município de Serrinha/BA, no qual se desenvolve atividades do Programa de Iniciação a Docência (PIBID) durante o período que compreendeu os meses de março á julho. Como percurso metodológico utilizou-se a observação participante e análises bibliográficas. Para tanto o trabalho tece reflexões e diálogos teóricos com autores como CÓRIA-SABINI (2011), MOYLES (2002), GOMES (2001). Identificamos a necessidade de mais momentos que promovam atividades de caráter lúdico, onde a brincadeira seja instrumento de desenvolvimento de valores culturais, morais e de competências intelectuais que oportunizem as crianças momentos dinâmicos e de construção do conhecimento crítico. É perceptível que na instituição existe um tempo dedicado à brincadeira, no entanto, percebem-se as dificuldades por parte das educadoras em realizar a mediação, as formas em que as atividades lúdicas acontecem e com os materiais disponíveis, não são adequadas, nem suficientes para o desenvolvimento das crianças. Nessa perspectiva, indicamos o brincar como atividade essencial ao crescimento humano. Esta mediada pelo fazer pedagógico é propulsora da evolução plena da criança, resultando na aprendizagem significativa e na construção do conhecimento que serão essenciais para a sua inserção na sociedade. Desse modo, a escola deve ser a orientadora desse processo que é de extrema importância para a formação do cidadão, bem como o da educadora de se posicionar como organizadora de um ambiente rico para brincadeiras.