A formação de professores segue com base em perspectivas de mudança. Destacamos neste trabalho essa formação no âmbito das ciências naturais, que constantemente se tem visto discursos em que os professores não vem tendo formação adequada, ainda mais quando se pensado na velocidade de toda a informação que circula nos ambientes escolares, onde de fato no próprio processo de ensino são colocadas incógnitas. O estudo objetivou além de fazer uma reflexão sobre a atual situação da formação de professor de ciências, levantar perspectivas de alunos em formação inicial na modalidade Normal Médio (antigo magistério) através de um estudo de caso. A partir da temática inicial, procuramos realizar um levantamento bibliográfico e em seguida foram selecionadas concepções e apontamentos, com a finalidade de construir uma base teórico-conceitual de caráter epistemológico sobre as expectativas neste ensino. Posteriormente, por meio de visitas em uma escola, através de um questionário, traçou-se um perfil dos futuros professores. Como resultado, constatou-se que a maioria dos formandos relata ser a falta de laboratórios para as aulas práticas (49%), o que dificulta tanto o aprendizado como aluno e o ensinamento como professor no ensino de ciências e biologia. Apontam também que o ensino de ciências nos anos iniciais é importante e diferente (79%), pois forma seres pensantes que buscam compreender os fenômenos naturais ocorrentes no universo. Com relação a equipamentos, 98% afirmam que precisaria ter mais recursos (audiovisuais; acervos de livros na biblioteca; materiais para testes e etc.) e que falta equipamentos para auxilio nas aulas para uma boa aprendizagem dos conteúdos. Ao mesmo tempo em que se relata toda a falta de recursos, em uma expressão de 49% de alunos, tomando como base as concepções das didáticas em especial a da ciência, preferem ou preferirão trabalhar suas aulas de ciências acreditando que utilizando o livro e uma boa explanação do conteúdo seja o necessário. Neste sentido o professor ideal tem que conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos conhecimentos relativos às ciências da educação e à pedagogia e desenvolver um saber prático em sua experiência continuada com os alunos e que há necessidade formativa do conhecimento do profissional docente, onde o ensino de ciências só mudará a partir de uma mudança profunda no conjunto de concepções epistemológicas do que é ser professor. Esse professor como um ator deve vivenciar o âmbito escolar, situar-se naquela realidade como um objeto de pesquisa e reflexão, construindo assim novos saberes, pois atualmente não é válido apenas dominar o conteúdo e sua sala de aula. Ao que se pôde ver nesse estudo é articulação teoria-prática, que busca oferecer elementos para fazer da prática docente uma prática refletida. Tal prática é tida como espaço privilegiado de construção de conhecimento, sendo assim uma das principais necessidades a ser consideradas nesse processo formativo do professor, tanto em uma formação inicial como em uma contínua. Trata-se então da formação de um professor-pesquisador da sua própria prática, sendo algo natural às atividades reflexivas.