Uma alternativa de educação para o meio rural, que proporcione o desenvolvimento sem comprometer o meio ambiente e a sobrevivência do homem do campo, denomina-se pedagogia da alternância, assumida como metodologias de ensino das Escolas Famílias Agrícolas, que possuem origem nas Maison Familiales Rurales da França. A pesquisa tenta compreender como se desenvolve o ensino com enfoque agroecológico, pelos instrumentos pedagógicos da pedagogia da alternância, utilizando como procedimentos metodológicos, observação direta participante, a análise documental e entrevistas com os principais atores do processo educativo, em 120 horas de estágio curricular de docência. Percebe-se o enorme desafio da educação do campo no Brasil diante de uma cultura que desvaloriza o trabalhador rural e exalta o agronegócio, diante das propostas educacionais fomentadas pelos governos que assumem com veemência o modelo de agricultura convencional, desvalorizando a cultura e o conhecimento do homem do campo e impossibilitando a construção de práticas educativas alternativas.