PENSAR EM PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA EXIGE UM APROFUNDAMENTO SOBRE OS CONCEITOS, ORIGENS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO PROMOVIDA EM ESCOLAS NÃO COMPREENDIDAS EM ESPAÇOS URBANOS, INCLUINDO AQUELAS DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS, RIBEIRINHAS, PESQUEIRAS, INDÍGENAS E RURAIS E DE ASSENTAMENTOS PROVENIENTE DA REFORMA AGRÁRIA (COUTINHO, 2009). PARA O ESTADO, A EDUCAÇÃO DO CAMPO TEM SIDO, HISTORICAMENTE, CONSIDERADA COMO UM ESPAÇO PARA A REPRODUÇÃO DE CONTEÚDOS URBANO-CENTRADOS. ESSA LÓGICA É ALTERADA A PARTIR DAS NECESSIDADES PAUTADAS NO ÂMBITO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO, QUE SE PROPUSERAM A PENSAR UMA EDUCAÇÃO COM CARACTERÍSTICAS IDENTITÁRIAS, VALORIZANDO A INTERAÇÃO ENTRE OS SABERES ANCESTRAIS E OS CIENTÍFICOS. O PRESENTE TRABALHO EXPLORA, A PARTIR DE UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, A TESE SEGUNDO A QUAL, A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE ESSES SABERES, O DIÁLOGO ENTRE A EDUCAÇÃO DO CAMPO, O ENSINO DE CIÊNCIAS E A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA PODE E DEVE CONSOLIDAR-SE. NESSE SENTIDO, DESTACA A IMPORTÂNCIA DESTA ALTERNATIVA PARA A ESCOLA DO CAMPO E OUTROS PROCESSOS FORMATIVOS INFORMAIS, POR PROMOVER E VALORIZAR UMA APRENDIZAGEM CONTEXTUALIZADA, SIGNIFICATIVA E DE QUALIDADE, PAUTADA NA INTEGRAÇÃO DE PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A EDUCAÇÃO DO CAMPO, NOS CONHECIMENTOS DA ÁREA DE CIÊNCIAS, NA ALTERNÂNCIA E O DIÁLOGO ENTRE SABERES ANCESTRAIS E CIENTÍFICOS, NUMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR, TENDO COMO PREMISSA AS NECESSIDADES DAS COMUNIDADES, CONTRIBUINDO PARA A FORMAÇÃO CRÍTICA E QUESTIONADORA DOS SUJEITOS DO CAMPO ENQUANTO ATORES SOCIAIS COM POTENCIAL DE TRANSFORMAR A SOCIEDADE.