ATÉ O FIM DA DÉCADA DE 1990, O ESTÁGIO SUPERVISIONADO APARECIA EM SEGUNDO PLANO NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSOR, POIS ESTE ERA CONSIDERADO COMO O MOMENTO DA “PRÁTICA”, REFORÇANDO, ASSIM, A DICOTOMIA EXISTENTE ENTRE TEORIA E PRÁTICA. NO ENTANTO, O ESTÁGIO NÃO PODE SER LIMITADO APENAS À CRÍTICA E À PRÁTICA INSTRUMENTAL, MAS DEVE SER UM MOMENTO COMPREENDIDO COMO PESQUISA COM BASE NA LIGAÇÃO INTRÍNSECA ENTRE TEORIA E PRÁTICA. ASSIM, COM BASE EM PIMENTA E LIMA (2009), MALYSZ (2010), SATO E FORNEL (2010), ENTRE OUTROS, ESTE TRABALHO OBJETIVOU ANALISAR A RELAÇÃO ENTRE O ESPAÇO FÍSICO-MATERIAL DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL (EMEF) DA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ, BUSCANDO ENTENDER COMO A PRESENÇA (OU NÃO) DE DETERMINADOS MATERIAIS PODE INFLUENCIAR NA PRÁTICA DOCENTE DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA. PARA TANTO, REALIZAMOS A ESCOLHA DE UMA EMEF EM FORTALEZA E LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A TEMÁTICA EM ESTUDO, ASSIM COMO ANOTAÇÕES, INTERVENÇÕES E OBSERVAÇÕES SISTEMÁTICAS SOBRE A ESTRUTURA FÍSICA DA SALA E A RELAÇÃO DESTA COM OS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA. FOI POSSÍVEL, ENTÃO, OBSERVAR COMO O ESPAÇO ESCOLAR É UM CONSTRUTO POLÍTICO, ECONÔMICO E SOCIAL, NO QUAL A SUA ORGANIZAÇÃO FÍSICA ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADA COM A ATUAÇÃO DE VARIADOS AGENTES, E COMO TAIS RELAÇÕES PODEM AFETAR AS AULAS DE GEOGRAFIA DE FORMA POSITIVA OU NEGATIVA.