A FIM DE MELHOR ESTABELECER UMA RELAÇÃO ENTRE A MEMÓRIA COLETIVA DAS COMUNIDADES AMERÍNDIAS DA AMÉRICA PORTUGUESA NO SÉCULO XVI, ESSENCIALMENTE ORALIZADAS, E A MEMÓRIA DOS EUROPEUS OS QUAIS POSSUÍAM O DOMÍNIO DA MEMÓRIA ESCRITA, ESTA PESQUISA, DE NATUREZA HISTÓRICO-DOCUMENTAL, BUSCOU ANALISAR AS CONCEPÇÕES DE MEMÓRIA PRESENTES NO CONTEXTO COLONIAL DO SÉCULO XVI E A FORMA PELA QUAL A COMPANHIA DE JESUS DELAS FEZ USO PARA MANTER SEU PROJETO COLONIZADOR. PARA TANTO, A BASE TEÓRICA QUE CONTRIBUIU COM A COMPREENSÃO DESSES CONCEITOS ADVÉM DOS ESTUDOS SOBRE A MEMÓRIA DESENVOLVIDOS POR JACQUES LE GOFF (2012); E DAS CARTAS JESUÍTICAS, DOCUMENTOS DE IMPORTANTE VALOR OS QUAIS, TRANSMITEM INFORMAÇÕES SOBRE A MEMÓRIA HISTÓRICA DOS AMERÍNDIOS. COMO MÉTODO DE ABORDAGEM, UTILIZAMOS AS CATEGORIAS DIALÉTICAS, UMA VEZ QUE, AO ANALISAR O CONTEXTO COLONIAL DA AMÉRICA PORTUGUESA NO PERÍODO EM QUESTÃO, É IMPRESCINDÍVEL CONSIDERAR AS RELAÇÕES DAS PARTES COM A TOTALIDADE. OS ESTUDOS APONTARAM QUE A MEMÓRIA, ENQUANTO PROPRIEDADE DE CONSERVAR CERTAS INFORMAÇÕES, É LEGITIMADORA DE PODER E, NO CONTEXTO COLONIAL DA AMÉRICA PORTUGUESA, REVELOU-SE COMO INSTRUMENTO DE IMPOSIÇÃO DE UMA CULTURA LETRADA EM DETRIMENTO DA CULTURA PREDOMINANTEMENTE ORALIZADA, VIVENCIADA PELOS NATIVOS.