IMERSA NO CICLO DE MEGAEVENTOS INTERNACIONAIS, INAUGURADO EM 2007 COM OS JOGOS PAN-AMERICANOS E ENCERRADO EM 2016 COM OS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS, O RIO DE JANEIRO FOI PALCO DE INTERVENÇÕES QUE MODIFICARAM SUA DINÂMICA SOCIAL. UMA DAS PRINCIPAIS ZONAS DA CIDADE IMPACTADAS POR ESTAS INTERVENÇÕES FOI A REGIÃO PORTUÁRIA, BERÇO DE TRADIÇÕES HISTÓRICO-CULTURAIS AFRICANAS, E POR ISTO CONHECIDA COMO PEQUENA ÁFRICA. O PROCESSO DE EXCLUSÃO SOCIAL EM CURSO NESTA PARTE DA CIDADE TEM DESDOBRAMENTOS DE CUNHO RACIAL. AS REMOÇÕES DA POPULAÇÃO POBRE, MAJORITARIAMENTE NEGRA, E A IMPORTAÇÃO DE MODELOS DE URBANIZAÇÃO INSPIRADOS NO NORTE GLOBAL PARA O RIO DE JANEIRO SE CONDENSAM NUMA NEBLINA DE INVISIBILIZAÇÃO DA HERANÇA AFRICANA DA REGIÃO PORTUÁRIA EM RAZÃO DE UM PROJETO EUROCENTRADO DE CIDADE. NESTE CONTEXTO DE INVESTIDAS À REGIÃO PORTUÁRIA, FOI INAUGURADO O MUSEU DE ARTE DO RIO (MAR), COMO EXPRESSÃO DO CONSTANTE CONFLITO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INERENTE AOS ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO, TAL COMO ASSINALADO POR MOACIR GADOTTI. O ESCOPO DESTE TRABALHO É DELINEADO PELA INVESTIGAÇÃO DA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE EDUCAÇÃO DO MAR, ATRAVÉS DE ESTUDO DE CASO DE SUAS ATIVIDADES EDUCATIVAS, DIANTE DO CERCO FÍSICO E SIMBÓLICO EM TORNO DA PEQUENA ÁFRICA. APÓS LEVANTAMENTO DAS ATIVIDADES DA EDUCAÇÃO DO MAR, FORAM MAPEADAS 349 AÇÕES EDUCATIVAS REALIZADAS EM 2014 E 2018, SENDO 45 ATIVIDADES SENSÍVEIS ÀS QUESTÕES QUE ORBITAM SOBRE O TERRENO QUE ABRIGA O MUSEU.