O TEXTO ABORDA A MULHER NEGRA, ALUNA DA ESCOLA NORMAL PÚBLICA EM SÃO LUÍS-MARANHÃO, NO PERÍODO DE 1930 A 1945, TENDO COMO FIO CONDUTOR DE ANÁLISE O MOVIMENTO EUGÊNICO NO CENÁRIO BRASILEIRO, DISCUTINDO-SE SUAS CONSEQUÊNCIAS NA DEFINIÇÃO DO PAPEL DA ESCOLA E DA FUNÇÃO SOCIAL DAS EDUCADORAS, ESPECIALMENTE AQUELAS RESPONSÁVEIS PELA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA. APÓS SINALIZAR ACERCA DA OFERTA E DAS CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA PRIMÁRIA EM SÃO LUÍS, PRINCIPAL LOCAL DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DAS EGRESSAS DA ESCOLA NORMAL, DISCORRE SOBRE AS CAUSAS PARA O SILENCIAMENTO ACERCA DO PERTENCIMENTO ÉTNICO-RACIAL DAS ALUNAS NEGRAS DA ESCOLA NORMAL, PONDO EM EVIDÊNCIA A CONCLUSÃO DE QUE O CURSO NORMAL FUNCIONOU COMO MEIO DE BRANQUEAMENTO DAS ALUNAS NEGRAS. COM BASE NA NOÇÃO FOUCAULTIANA DE QUE O PODER DIFUSO NO TECIDO SOCIAL NÃO ESTÁ SOB O DOMÍNIO DE QUEM QUER QUE SEJA, BUSCOU-SE PERCEBER AS ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA AOS DISCURSOS QUE DEFINIAM LUGARES E POSTURAS À MULHER PROFESSORA, A PARTIR DE UMA VISÃO MISÓGINA E RACISTA.