PIBID E RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: A FORMAÇÃO EM QUESTÃO Eliene Maria Viana de Figueirêdo Pierote elienepierote@gmail.com/ UESPI) Marly Lopes de Oliveira marheitor@hotmail.com/UESPI Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas Resumo As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores foram aprovadas em julho de 2015 pelo Conselho Nacional de Educação e estabelecem, por meio da Resolução CNE/CP n. 2/2015, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial de professores em nível superior e a formação continuada para a Educação Básica. O Plano Nacional de Educação e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores, fomentaram ações voltadas à articulação entre teoria e prática e ao incentivo para a iniciação à docência. A implantação dos Programas Residência Pedagógica e o de Iniciação à Docência (PIBID), lançados por meio de Edital CAPES nº 006 e 007/2018, respectivamente, provocam inquietações no processo formativo de alunos e professores de Licenciatura, uma vez que apresentam formato articulado ao processo educativo quanto às posturas e práticas adotadas pelos professores da Educação Básica, com ênfase na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, recentemente aprovada pelo MEC. Conforme proposta dos referidos programas, o Projeto do curso de formação de docentes orientadores e preceptores (Residência Pedagógica), coordenadores e supervisores (PIBID) deve "demonstrar alinhamento com as expectativas das redes de ensino; com a avaliação que os professores das escolas-campo fazem de sua própria formação inicial e de suas perspectivas e sugestões para a formação prática de professores; aderência às orientações formativas e pedagógicas. O Programa Residência Pedagógica, destaca as iniciativas de adequações curriculares dos estágios e das práticas e o Programa de Iniciação à Docência, objetiva a aproximação entre universidade, escola pública e Secretarias de Educação em um movimento mútuo em rede de transformação. A proposta deste estudo se justifica, ainda, pela necessidade de ampliação de discussões acerca do processo formativo implantado nas escolas de Educação Básica, muitas vezes oferecido por instituições superiores ou empresas particulares, que não atendem às reais necessidades dos professores e, sobretudo, não oferecem subsídios teórico-práticos que propiciem a transformação no processo ensino-aprendizagem. Este estudo tem como objetivo discutir a importância da formação de professores pelo princípio da colaboração entre Instituições Superiores, Secretarias de Educação e escolas de Educação Básica, abordando em que medida estas propiciam condições para uma formação que atenda às necessidades dos licenciandos e professores. O método de análise foi pautado com base na descrição/execução do Plano de formação de professores definido pelos Programas PIBID e Residência Pedagógica da Universidade Estadual do Piauí, UESPI, iniciado em agosto de 2018. No artigo, são apresentados os encontros de formação realizados pelos referidos programas, com o detalhamento da formação continuada proposta pelas coordenadoras institucionais da UESPI e a relação com a formação inicial dos licenciandos, preceptores e supervisores, como forma de refletir sobre práticas realizadas por estes e a perspectiva da inovação, pela necessidade do contexto social e escolar vividos pelos alunos da Educação Básica na atualidade. As discussões são embasadas por meio de autores que enfatizam a formação de professores como Garcia, 1998; Imbernòn, 2010; Veiga, 2010;2010 e sobre o processo de reflexão crítica na formação, com discussões fundamentadas em Ibiapina, 2007; Freire, 1999, Schön, 2000, entre outros. Considerando que o estudo encontra-se em andamento, uma vez que relata os encontros de formação que estão sendo realizados com os partícipes dos Programas Residência pedagógica e PIBID/UESPI, os resultados encontrados apontam a necessidade de tratar a formação de professores deve ser por meio da perspectiva crítica de formação, pela compreensão de que as transformações das práticas somente acontecem quando há investimento em um modelo de formação que provoque o pensar, o sentir e o agir crítico e colaborativo. "A formação em questão" desafia o leitor a refletir sobre os modelos de formação já existentes e a possibilidade de novas perspectivas para este cenário. Palavras-Chave: 1Formação de professores. 2PIBID. 3Residência Pedagógica. Referências BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares. Secretaria de Educação Fundamental.Brasília: MEC/SEESP, 1998. DOURADO, Luiz Fernando. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação Inicial e continuada dos professores do Magistério da Educação Básica: concepções e desafios Educacionais e Sociais. Campinas, v. 36. Nº 131. Junho, 2015. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1999. GARCÍA, C.M. Pesquisa sobre Formação de Professores: o Conhecimento sobre Aprender a Ensinar. Revista Brasileira de Educação, 1998, n.9, p.51-75 IBIAPIANA, I. M. L de M.; RIBEIRO, M. M. G. e FERREIRA, M. S.(Orgs.). Pesquisa em educação: múltiplos olhares. Brasília: Líder Livro Editora, 2007. IMBERNÒN, Francisco. Formação continuada de professores; tradução Juliana dos Santos Padilha.- Porto Alegre: Artmed, 2010. SCHÖN, D.A. Educando o Profissional Reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Trad.Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2000. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A aventura de formar professores. 2. ed. Campinas: Papirus, 2010. _______. Docência como atividade profissional. In: VEIGA, I. P. A.; D'AVILA, C. (Org.). Profissão docente: novos sentidos, novas perspectivas. 2. ed. Campinas: Papirus, 2010.