A violência intrafamiliar se torna cada vez mais presente e visível nos lares domésticos, assim, atingindo de forma direta ou indireta as crianças que presenciem ou sofram a ação. Consequentemente, desencadeando repercussões negativas em seu desenvolvimento. É de suma importância entender a violência não apenas enquanto agressão física, mas considerar outras formas de manifestação, como a verbal e psicológica. Neste artigo, será analisada de forma crítica, como a criança, vítima destes contextos, externaliza sequelas no âmbito escolar e discutido de que maneira o ambiente agressivo pode intervir na personalidade em construção da criança e seu comportamento. É válido ressaltar que os impactos em sala de aula encontram-se com incidência cada vez maior. Esta pesquisa possui uma abordagem qualitativa de estudo de caráter descritivo e deu-se a partir de levantamentos bibliográficos, em base de dados e livros condizentes com a temática, e consequente análise dos textos pertinentes. Chegou-se ao entendimento de que o sistema educacional precisa estar melhor preparado para lidar e colaborar com esse público, enquanto proposta de formação cidadã assim como por uma questão de empatia sensibilizando-se com a situação da vulnerabilidade infantil. O acolhimento no ambiente escolar não exime a participação fundamental da família no desenvolvimento saudável de suas crianças, mas favorece para que se sintam compreendidas diante da situação em que vivem, colaborando assim com a percepção de segurança e pertencimento. Podendo, inclusive, contribuir positivamente para que as crianças desenvolvam o entendimento de não reprodução da violência assim como, atuar na diminuição de interferência no aprendizado.