O presente trabalho fundamenta-se na teoria funcionalista, que analisa a língua como expressão da competência comunicativa do usuário. Nossa atenção se volta para o uso das orações adjetivas, classificadas, tradicionalmente, numa perspectiva dicotômica, em explicativas e restritivas. O corpus está constituído por 200 redações produzidas em processos seletivos de duas instituições brasileiras de ensino, uma pública federal e outra privada. Objetivamos, com a pesquisa, analisar o nível de integração oracional entre as orações adjetivas e suas matrizes ou nucleares, situando-as em contínuos, que revelam os tipos de relação entre elas. Para verificar esses níveis de integração, consideramos os parâmetros que nos conduzem à análise do comportamento dos pronomes, das adjetivas e dos seus antecedentes, bem como a organização sintática e estrutural que envolve esses elementos, a exemplo da pontuação, da inserção etc. A discussão teórica do trabalho baseia-se, principalmente, em Hopper e Traugoutt (1993) e em Oliveira (2001a; 2001b). A análise dos dados revela diferentes níveis de integração oracional, o que nos impulsionou a propor um contínuo cuja amplitude pretende envolver todos os níveis de integração de adjetivas conectadas através de relativos. Entendemos que as adjetivas se relacionam de formas diversas com suas matrizes ou nucleares e que podem apresentar pelo menos quatro formas de integração (muito baixa, baixa, alta e muito alta), mas que não deixam de ser adjetivas se estiverem localizadas nos extremos desse contínuo.