A sociedade estereotipou a perfeição feminina a partir de um conceito de submissão; a fragilidade em assumir papéis meramente masculinos, primeiro pela força física, depois pela detenção do próprio poder, fez com que a mulher assumisse uma postura apenas de dona de casa, cuidadora da família, das refeições e do lar. Esse padrão social, também refletiu nas obras literárias. Machado de Assis, na Obra Helena, retrata o patriarcalismo, o machismo e a subserviência da mulher, que sendo reconhecida pela família nobre, vivia a servir às vontades ao meio-irmão. A rígida hierarquia mostrava que a figura feminina era impossível de ascender socialmente e viver a liberdade de suas próprias escolhas. Tornar-se servil era uma espécie de herança e destino à todas as mulheres ate à morte. Neste artigo, buscaremos analisar a visão machista sobre o papel da mulher na sociedade do século XIX, tendo como base Judith Butler abordando gênero e Michel Foucault com questões de sexualidade.