O trabalho ora apresentado tem como objeto de estudo o acolhimento à mulher no pré-parto na assistência obstétrica, analisando em que medida está em consonância com o que preconiza o Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia (2014) e o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento – PHPN (2000). A temática enfatiza também a relação de gênero, analisando do ponto de vista teórico marxista. Objetivo do trabalho é analisar o acolhimento obstétrico para as mulheres no ambiente hospitalar. Os direitos das mulheres de terem uma atenção e assistência humanizada no período gestacional representa um marco no reconhecimento do bem-estar da parturiente, nas perspectivas da Medicina Baseada em Evidências e da Humanização. Porém, a condição da mulher gestante na nossa sociedade tem os seus direitos violados no pré-parto, na hora do parto e pós-parto, muitas vezes por desconhecer os seus direitos, e quando conhece, tem tido dificuldade em buscar e efetivar para que de fato sejam garantidos. Nesse sentido, a fundamentação teórica do referido trabalho parte de pensadores/as que discutem a partir do marxismo, a condição da mulher na sociedade de classe, assim como políticas e normas governamentais que garantem a participação e direitos às mulheres de decidirem sobre a melhor forma de parir. Para dar suporte ao desenvolvimento deste trabalho utilizamos pesquisa bibliográfica. Os resultados poderão subsidiar os movimentos sociais de mulheres organizados, gestão pública e conselhos de saúde.