As letras de funk presentes no álbum Pajubá (2017) de Mc Linn da Quebrada constituem pontos de vista de subjetividades (re)negadas cujos desejos são interpelados pela norma social binária de gênero e pela masculinidade hegemônica. Em suas composições, tais subjetividades reclamam seus lugares de enunciadoras e tornam visíveis, audíveis e explícitas suas demandas, negações, intensidades e potencialidades ao desestabilizar as ordens sobre suas experiências sexuais afetivas. As reelaborações das experiências de sexo anal compreendem um discurso que, entre expressões lexicais do pajubá, imagens, vozes e sons, subvertem, através da linguagem, as restrições e ordens nas experiências anais. Diante disso, nossa questão inicial consiste em: como estão elaboradas tais propostas nas composições do álbum? Caracterizamos nosso objetivo geral em investigar as estratégias de contradiscurso à roteirização da prática anal presentes nas composições do disco Pajubá, para tanto a presente pesquisa encontra-se no prisma qualitativo, descritivo e bibliográfico, considerando pressupostos teóricos transdisciplinares desde estudos do discurso de Moita Lopes (2002), passando pelas observações de Takara (2017) acerca do discurso de Mc Linn até estudos acerca dos pressupostos da contrassexualidade de Preciado (2014), Lobo (2016) e Gomes (2008).