Ainda na contemporaneidade, o padrão da imagem feminina persiste em ser apresentado enquanto o ideal da mulher branca, heterossexual e de classe média, propagando conceitos e demandas universalizantes no que tange à luta pela garantia e manutenção de direitos humanos, bem como dentro da militância feminista como um todo. Tratar de interseccionalidade quanto ao feminismo significa situar a mulher acerca de seu gênero, classe e raça, permitindo que se busque uma dignidade plena e não generalizante. Neste trabalho, além da análise da interseccionalidade enquanto fator essencial do feminismo, também busca-se apresentar outros referenciais, chegando ao conceito de Consubstancialidade trabalhado nos textos de Danièle Kergoat e Helena Hirata. Através do método construtivista, pretende-se realizar a revisão das bibliografias relativas ao tema, demonstrando não apenas a necessidade de se localizar a mulher em sua diversidade de interseções quando da luta feminista, mas raciocinar, pela consubstancialidade, em termos de relações sociais além de categorias, demonstrando os reflexos dessa postura para a militância e a possibilidade de efetivação dos direitos humanos.