, Ruannagonçalvesdasilva. Novas perspectivas sobre o feminino no forró. Anais XIII CONAGES... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/42154>. Acesso em: 19/11/2024 05:25
A presença feminina em meio ao Forró tem sido mais visibilizada nos últimos anos. Um exemplo disto foi o sucesso que a cantora paraibana Lucy Alves que, manuseando a sanfona e tocando o Forró tradicional, chegou à final do programa The Voice Brasil em 2013. A emergência feminina no Forró é um fator que chama a atenção durante a performance, princiapalmente quando as mulheres são instrumentistas. Afinal, ser mulher e executar instrumentos musicais, que são considerados socialmente como “não muito delicados” (instrumentos percussivos, principalmente), atrai consideravelmente a atenção do público. As mulheres forrozeiras geralmente se detêm mais à prática do canto ou a tocar triângulo ou instrumentos mais leves, se afastando também dos instrumentos considerados “masculinizados”, por serem mais pesados e graves. Sendo que este peso dos instrumentos pode estar atrelado não somente ao peso material, mas também ao simbólico, com relação aos timbres fortes graves e no sentindo do protagonismo e liderança que possa ter em meio ao conjunto, como o caso da sanfona, por exemplo. É possível observar no Forró, assim como acontece em outras manifestações artísticas (como ocorre no bumba-boi, por exemplo), os homens representarem o símbolo de força/virilidade e as mulheres de beleza e sensualidade. Neste trabalho, observo as mudanças nos estereótipos femininos no campo do Forró, desde as manifestações consideradas "tradicional" até as modernas, associadas à sonoridade do Forró Eletrônico.