As condições abióticas do Semiárido brasileiro afetam diretamente nos ambientes de cultivo, sendo necessário o uso de cobertura morta, onde exibe potencial para a modificação do microclima local. Objetivou-se quantificar a evapotranspiração de cultivo da palma forrageira em dois sistemas sem e com o uso de cobertura morta sobre o solo no Semiárido pernambucano. O experimento foi realizado na Estação Experimental Lauro Ramos Bezerra, pertencente ao Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, município de Serra Talhada-PE, no período de novembro de 2014 a novembro de 2015. O clone utilizado foi a Opuntia stricta (Haw.) Haw. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas no esquema fatorial 5 x 2, com quatro repetições sendo que as parcelas compostas por cinco lâminas de irrigação e as subparcelas pelo sistema de plantio (com e sem cobertura morta sobre o solo). A evapotranspiração da cultura foi calculada com base no balanço de água do solo, fazendo-se uso da lâmina que proporcionou o melhor desempenho da cultura, sendo separada em períodos de 14 dias. A evapotranspiração da cultura da palma forrageira apresentou mesmo comportamento para ambos os sistemas (p > 0,05), tendo apresentado menores valores para o sistema que se fez uso da cobertura morta na maior parte do período avaliado. No final do ciclo houve uma inversão nos valores de evapotranspiração da cultura. O uso de cobertura morta mostra-se uma boa alternativa em ambiente semiárido, uma vez que contribuiu para a redução da evapotranspiração média da palma forrageira.