Com o aumento da pesquisa agropecuária no Brasil, cresce também a demanda por áreas experimentais capazes de conduzir os diversos tipos de estudos. As áreas cedidas pelas universidades são utilizadas para diversos tipos de pesquisa, de forma intensiva, e nem sempre é realizado um manejo consciente do solo, pondo em risco a sua qualidade química, física e biológica. A qualidade física de um solo (QFS) pode ser caracterizada como o conjunto de processos e propriedades referentes a habilidade do solo em ser sustentável em seus sistemas agropecuários e manter seus serviços ecossistêmicos essenciais. Essas características são expressadas através de indicadores físicos que são quantificados através da avaliação da estrutura do solo; tais como: porosidade, densidade do solo e das partículas, resistência à penetração e estabilidade de agregados. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar alterações na QFS, através da densidade do solo, densidade das partículas e porosidade total, em um neossolo flúvico sob diferentes sistemas de manejo. O estudo foi conduzido no Campus III da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, no Vale do Submédio do São Francisco, Juazeiro – Ba. Foram selecionadas duas áreas experimentais com diferentes sistemas de manejo: cultivo convencional de manga (A1) e policultivo orgânico de hortaliças (A2). Utilizou-se como referência o solo de uma área de mata nativa (A3), adjacente ao experimento. Foram coletas amostradas indeformadas nas profundidades de 0,0 - 0,1m, 0,1 - 0,2m e 0,2 - 0,3m, usando delineamento de blocos casualizados, totalizando um material de 27 amostras, sendo 3 repetições por área. A densidade aparente foi mensurada pelo método do anel volumétrico, a densidade das partículas pelo método do balão volumétrico e posteriormente foi mensurada a porosidade total. Com a obtenção dos dados referente a cada tratamento nas respectivas profundidades, observou-se que os resultados da densidade do solo, densidade das partículas e porosidade total de A1, não diferiram de A2. Ambos, A1 e A2, tiveram valores próximos a A3, evidenciando a não presença de variância entre si. Dessa forma, os resultados informam que áreas experimentais, mesmo tendo diferentes sistemas de manejo, possuem características da qualidade física do solo semelhantes. No entanto, é necessário fazer outros estudos afim de agrupar o máximo de indicadores físicos e caracterizar melhor a qualidade física dessas áreas.