A natureza do presente artigo é de cunho qualitativo, focado em procedimentos da análise de conteúdo, envolvendo um caráter sistemático para o tratamento e análise dos dados do panorama dos trabalhos apresentados em edições anteriores (2014-2015) do Congresso Nacional de Educação (CONEDU) sobre a temática Experimentação no Ensino de Ciências. A proposta em questão baseou-se na análise da quantidade de publicações, tipologia de pesquisa, níveis de escolaridade, assim como, a expressividade por áreas disciplinares das ciências naturais (Biologia, Física e Química). A investigação surgiu partindo do pressuposto que a Biologia, e principalmente, a Física e Química apresentam um grande potencial de abstração mental para a compreensão dos conteúdos e, que a experimentação atrelada à teoria pode ser uma estratégia metodológica eficiente para proporcionar uma aprendizagem colaborativa e com significados. De modo geral, os trabalhos encontrados nos anais dos CONEDU’S evidenciam que o uso da Experimentação no Ensino de Ciências tem sido utilizado de forma expressiva pelos docentes dentro de processos educativos. No entanto, apresentam uma divisão desigual por áreas disciplinares, visto que à maioria dos trabalhos estão voltados ao Ensino de Química na Educação Básica e, publicados no evento com um caráter de relato de experiência. Nesse contexto, espera-se que este trabalho represente uma via de mão dupla, na qual, ao mesmo tempo em que são discutidos aspectos ligados à experimentação no ensino, se provoque a curiosidade dos docentes a utilizarem atividades experimentais e aulas de laboratórios em suas ações pedagógicas, visando promover uma aprendizagem com significados no ensino de ciências naturais.