O ensino brasileiro nas escolas, à luz de Nóbrega (2006), por muito tempo se respaldou essencialmente na Gramática Tradicional. Todavia, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), por sua vez, trazem à cena a necessidade de o texto ser usado como o objeto de ensino da Língua Portuguesa. A aglutinação, processo de formação de palavras, ao longo da história foi concebida mediante os aspectos fonológicos e morfológicos. Na nossa visão, contemplá-la só através desses prismas resume algumas de suas características constitutivas. Desta sorte, o artigo proposto tem por objetivo geral apresentar a (des)aglutinação sintático-semântico-discursiva como uma nova abordagem de ensino gramatical à luz da enunciação. Para tanto, laçamos mão do construto teórico defendido por Bakhtin/Volochinov (1981, 1926), Bakhtin (2003), além de pesquisadores do pensamento linguístico do Círculo de Bakhtin e de Maiesky (2005). A pesquisa aqui apresentada é teórico-analítica. Nosso corpus foi composto por duas reportagens impressas da Revista Veja, publicadas no período de 2013 a 2017 e pesquisadas no site . Para este artigo, analisamos a aglutinação sintático-semântico-discursiva no verbo morrer. E, posteriormente, discorremos sobre a desaglutinação sintático-semântico-discursiva no verbo chorar. Na nossa concepção, esse conceito de (des)aglutinação sintático-semântico-discursiva é de fato uma nova proposta de ensino gramatical, podendo ser praticada através de uma Proposta Didática com gêneros discursivos, dentre os quais, podemos citar a reportagem impressa. Essa discussão pode ocorrer com o propósito de desenvolver a competência comunicativa do aluno. Assim, serão trabalhados os elementos constitutivos dos gêneros discursivos, entre eles, o conteúdo temático, o estilo e os elementos composicionais, discutidos pelo aporte teórico bakhtiniano.