Este artigo originou-se de um trabalho de investigação bibliográfica, realizado na disciplina de história da educação contemporânea do curso de Ciências da Educação, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto – Portugal, durante o período de intercâmbio que realizei em 2016, pelo Programa – Luso brasileiro de Educação, do Santander Universidade. Parceria entre Santander, Universidades Federais brasileiras e europeias. Nesta disciplina, tinha-se como instrumento “avaliativo”, a elaboração de um artigo que, contemplasse uma discussão histórica. Assim, este trabalho teve como objeto de estudo, as principais políticas educativas na ditadura militar no Brasil, que perdurou entre 1964 e 1985 e, em Portugal, a qual iniciou-se em 1929 e se estendeu até 1975. A ditadura portuguesa, também conhecida como ditadura salazarista, uma vez que, Salazar foi o “grande” expoente deste regime. Teve como objetivo, analisar os discursos operantes nestas políticas e verificar quais as intencionalidades subjacentes que permeavam os bastidores político do contexto. Metodologicamente, sustenta-se na pesquisa bibliográfica, e como instrumento de análise se baseia na Teoria do Discurso (TD), elaborada por Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (1997). A pesquisa sinaliza por um lado, para uma tentativa de hegemonização e legitimidade da ditadura em ambos os países como constitutivo estatal frente a sociedade. Por outro, aponta que, os processos articulatórios dos regimes autoritários na tessitura de um projeto de antecipação discursiva, se desencadeavam como ação política muito comum naquele contexto. Por conseguinte, sublinha que, tal legitimidade, se deu provisoriamente, sustentada no discurso de políticas educativas centradas no ideário nacionalista. Por fim, sustenta que essa provisoriedade se deu por meio, e difusão da educação de adultos nos dois países, como estratégia populista na tessitura de um projeto nacionalista e autoritário.