Nas aulas do curso de formação de Educação Física, onde o corpo é a principal ferramenta e está mais exposto nesse processo, percebemos que os estereótipos de gênero e sexualidades ainda são sustentados por premissas heteronormativas. Neste contexto, as relações interpessoais são determinantes no processo ensino-aprendizagem, por estimular nos alunos o desejo de estar presente, participando dessa construção pedagógica e em um clima agradável e sem hostilidade. Sujeitos que não se sintam à vontade em determinados espaços, ou ainda que sejam discriminados ou preteridos em função de alguma peculiaridade, podem vir a apresentar dificuldades maiores neste processo. A partir destas afirmações, o objetivo do estudo foi analisar as relações de gênero e sexualidades na EEFD/UFRJ, buscando responder à seguinte pergunta: de que maneira discriminações e preconceitos influenciam o processo de aprendizagem dos discentes? Através da técnica de observação, posteriormente armazenada em um diário de campo, acompanhamos duas turmas no período letivo de 2015.2. Os resultados giram em torno da corroboração dos estereótipos heteronormativos e sua prevalência nas ações profissionais e pessoais, exercendo grande influência durante o processo de ensino-aprendizagem de futuros profissionais do núcleo em questão. Sugerimos a continuação dos estudos referentes ao tema por entendermos que as relações aluno-aluno são cruciais para uma melhor aprendizagem. Defendemos ainda que os discentes devam ser incentivados a participar de toda e qualquer atividade coletiva de maneira igualitária e sem diferenciações de qualquer ordem, cabendo ao docente atentar-se às condutas que possam despontar em sala para deliberá-las da melhor maneira possível.