Resumo: Pensar no ambiente escolar enquanto um ambiente acolhedor é pensar nos diversos componentes que a constituem, principalmente, a avaliação da aprendizagem. E nesse sentido, nos debruçamos sob a perspectiva de que a exclusão tem um caráter contrário ao ato de avaliar. É preciso pensar um pouco mais a respeito desse assunto, até o ponto de nos perguntarmos se realmente um caminho para chegarmos a um ambiente escolar acolhedor poderia ser via o ato de avaliar. Contudo, temos visto no cotidiano escolar a insistência de avaliações de aprendizagem com características muito antigas, militarista, positivista, baseada numa forma de ensino em que o erro é posto em evidência, objetivando-se assim, identificar o que está errado, partindo do que o professor considera correto, a fim de punir os estudantes que não atingiram a meta esperada. Propomos com este trabalho, discutir a partir da leitura de autores que discutem avaliação da aprendizagem na prática pedagógica como, Luckesi (2000), entendo a avaliação da aprendizagem como ato acolhedor, devendo incluir o educando no processo de ensino – aprendizagem, considerando-o como sujeito de potencialidades. Sabendo que avaliar é mais do que qualificar e quantificar o conhecimento, mesmo que tais elementos sejam indispensáveis, mas é preciso acolher. A exclusão torna a avaliação tirana e isso é negativamente fortalecido, muitas vezes, por não se planejar a metodologia na práxis pedagógica (MELO, 2014), provocando desacertos no exercício da profissão. Assim é preciso acolher ao avaliar, o que não quer dizer, ir contra as proposições prévias da ética e da moral, mas se aproximar do objeto para assim conhece-lo e iniciar o processo que chamamos de “o ato de avaliar”.