O modo de produção capitalista possui características diversas daquelas assumidas nos modos de produção anteriores a ele. Neste trabalho, buscamos fazer um paralelo dos aspectos ideopolíticos do capitalismo, no estágio mais avançado e a expansão do ensino superior no Brasil, pautado em autores da perspectiva crítica marxista. A opção metodológica para desenvolver este trabalho foi pelo método do Materialismo Histórico e dialético, por se tratar de um método que busca apreender a estrutura e dinâmica do objeto pesquisado. O instrumento utilizado foi a revisão de literatura de autores como, Marx e Engels, Mészáros, Libâneo, Oliveira e Toschi, Dermeval Saviani, dentre outros. A grande indústria é considerada por Marx e Engels (2009) como a fase madura do capitalismo, na qual se intensificam o processo de globalização de mercadorias, articuladas à introdução de maquinários na produção industrial, aprofundando a grande divisão internacional do trabalho. Neste contexto, o processo de acumulação de capital, desencadeia-se em crise estrutural, adotando, nesta via, o ideário neoliberal para reconfiguração das relações entre os complexos sociais, cujo viés mercadológico deverá ser seguido por todos os ramos da sociedade, inclusive a Educação. Esta, no nível superior de ensino, vem assumindo diferentes personificações nas últimas décadas no Brasil, tais como, aumento de estudantes da modalidade EAD – Ensino a distância, aligeiramento dos cursos de formação em nível de graduação e precarização do ensino superior público. De pronto, estas posturas atuais vêm comprometendo a qualidade da educação superior e, consequentemente, a formação do professor. Os resultados mostram que, sob a recomendação dos organismos internacionais, os países pobres ou emergentes adotam uma educação comprometida com o ideário empresarial, no atendimento aos interesses do capital em crise.