Desde o período de colonização, o Brasil vive uma desigualdade social e territorial, que concentra as terras nas mãos da elite (latifundiários), as quais, na maioria das vezes, são improdutivas ou de monocultura. Os camponeses e os indígenas eram expulsos de suas terras e submetidos a trabalhos escravos. Nesse cenário, nasceu o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fruto de mobilizações sociais dos camponeses, em luta por igualdade social e reconhecimento. Dentre suas bandeiras de luta, está a educação, foco desta pesquisa, cujo objetivo é de fazer uma breve abordagem sobre a caminhada do MST, suas principais lutas e sua relação com a educação em seus espaços, mostrando como surgiu a Educação do Campo, suas características, seus anseios e a metodologia de ensino utilizada nas escolas do campo. A metodologia utilizada foi de cunho web-gráfico e bibliográfico, fundamentada por meio das contribuições de Egêa (2014), Brito (2015), Kolling (2012), entre outros. O estudo mostrou que a luta do MST não se restringe a questões territoriais e reforma agrária (sua principal bandeira de luta), mas também se estende a outros problemas sociais presentes na sociedade, como saúde e educação de boa qualidade, discriminação, desigualdade social e de renda, entre outros. Quanto à educação, constatou-se que há uma preocupação voltada para a formação integral do ser humano e para um ensino que contemple os valores, as especificidades e a valorização do povo do campo. Nesse sentido, o MST anseia e luta por uma educação com práticas emancipatórias. Este texto é indicado a todos os professores, estudantes e aos que se interessam pela organização do MST, suas bandeiras de lutas, suas contribuições com a educação e futuras pesquisas nessa área.