A noção de perfil conceitual proposta por Mortimer (1995, 2000) a partir, do Perfil Epistemológico de Bachelard, fornece elementos que possibilitam a permanência de ideias prévias de estudantes que passaram por um processo de ensino científico, permitindo estudar as vivências de um mesmo indivíduo, levando- se em conta tanto as suas representações do senso comum, tanto as do meio científico, desta forma, no presente artigo, tivemos como objetivo principal analisar a emergência das zonas do perfil conceitual de átomos com trinta e nove alunos de uma escola da rede pública do ensino médio da cidade de Serra Talhada- PE. Escolhemos esse conceito, tendo em vista sua complexidade, a forma como esse conteúdo é aboradado na sala de aula, levando em consideração as teorias, metodologias e propostas e o fato de que comumente boa parte dos alunos interpretam os modelos didáticos propostos como o próprio átomo. Na maioria das vezes, os alunos interpretam o átomo como sendo algo “abstrato” e de difícil compreensão, causando um desinteresse por parte destes. A coleta de dados se deu a partir de questionários com questões dissertativas e de múltipla escolha, porém vale salientar que para o presente trabalho foi feita apenas a análise de uma única questão. Para avaliar os perfis propostos tomamos como referência zonas do perfil conceitual de átomo de Galiazzi et al (1997). Em seu texto, o autor propõe cinco zonas para o perfil de átomo: concepção contínua da matéria, substancialista, unidade básica constituinte da matéria, modelo mecânico-quântico e o átomo de forma quântica, respectivamente.